Aposta em PPR quase triplica no arranque do ano
13 Mar. 2017

Aposta em PPR quase triplica no arranque do ano

O investimento em produtos de poupança para a reforma iniciou uma recuperação nos últimos meses.

Depois de um ano marcado pela quebra do investimento em produtos de poupança para a reforma, a aposta em seguros PPR disparou no arranque de 2017. O investimento, em Janeiro, quase triplicou, suportado pela aposta comercial dos bancos e pelas taxas de juro zero nos depósitos a prazo.

A produção acumulada em planos poupança-reforma (PPR), sob a forma de seguros, disparou 121% para 184,3 milhões de euros, no primeiro mês do ano, segundo os dados divulgados pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS). Esta forte recuperação da aposta nestes produtos ocorre após dois anos marcados por quedas de investimento.

No ano passado, a aposta em seguros PPR baixou 9.5% para 1.717 milhões de euros, depois de as aplicações já terem contraído 22,6% em 2013, fruto das menores remunerações oferecidas pelas seguradoras.

Ainda que não se perspectivem mudanças nas condições comerciais dos PPR, José Galamba de Oliveira, presidente da APS, considera que a inversão "foi uma evolução influenciada pela dinâmica comercial de alguns dos principais 'players' do mercado, mas que aproveitará também as actuais perspectivas de remuneração de outros produtos de poupança, nalguns casos muito baixas (como nos depósitos a prazo), noutros muito voláteis".

É cada vez mais difícil para os investidores obter qualquer rendibilidade nos depósitos, num momento em que a taxa de juro permanece em mínimos. A taxa média oferecida pelos bancos nos novos contratos baixou, em Janeiro, para 0,33%, um novo mínimo, segundo os dados do Banco Central Europeu (BCE). Além disso, a maioria dos grandes bancos nacionais já está a dar zero nos depósitos.

Associado a este movintento de juros zero, os bancos estão a reforçar a aposta em produtos que lhes garantam comissões, como é o caso dos fundos e dos seguros. Muitas instituições financeiras detêm seguradoras, enquanto outras têm acordos com grupos de seguros para disponibilizar os seus produtos no balcão, ganhando em ambos os casos comissões. Um conjunto de condições que está a impulsionar o regresso aos PPR.

Patrícia Abreu

Fonte: Jornal de Negócios (09-03-2017)

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